(ENEM PPL - 2017) Na tirinha, o leitor conduzido a refletir sobre relacionamentos afetivos. A articulao dos recursos verbais e no verbais tem o objetivo de
(ENEM PPL - 2017) Acho que educar como catar piolho na cabea de criana. preciso ter confiana, perseverana e um certo despojamento. preciso, tambm, conquistar a confiana de quem se quer educar, para faz-lo deitar no colo e ouvir histrias. MUNDURUKU, D. Disponvel em: http://caravanamekukradja.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012. Concorrem para a estruturao e para a progresso das ideias no texto os seguintes recursos:
(ENEM PPL - 2017) Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e ptios at ao hospcio propriamente. A que percebi que ficava e onde, na seo, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraa pode sobre a vida dos homens mais formidvel. O mobilirio, o vesturio das camas, as camas, tudo de uma pobreza sem par. Sem fazer monoplio, os loucos so da provenincia mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. So de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exticos, so os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta srdida; so copeiros, cocheiros, moos de cavalaria, trabalhadores braais. No meio disto, muitos com educao, mas que a falta de recursos e proteo atira naquela geena social. BARRETO, L.Dirio do hospcio e O cemitrio dos vivos.So Paulo: Cosac Naify, 2010. No relato de sua experincia no sanatrio onde foi interno, Lima Barreto expe uma realidade social e humana marcada pela excluso. Em seu testemunho, essa recluso demarca uma
(ENEM PPL - 2017) A tecnologia est, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja para consultar informaes, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares no saem das mos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. O problema, dizem os especialistas, o usurio conseguir diferenciar a dependncia do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares so ferramentas profissionais e de estudo. MATSUURA, S.O Globo, 10 jun. 2013 (adaptado). O desenvolvimento da sociedade est relacionado ao avano das tecnologias, que estabelecem novos padres de comportamento. De acordo com o texto, o alerta dos especialistas deve-se
(ENEM PPL - 2017) Doutor dos sentimentos Veja quem e o que pensa o portugus Antnio Damsio, um dos maiores nomes da neurocincia atual, sempre em busca de desvendar os mistrios do crebro, das emoes e da conscincia. Ele baixo, usa culos, tem cabelos brancos penteados para trs e costuma vestir terno e gravata. A surpresa vem quando comea a falar. Antnio Damsio no confirma em nada o clich que se tem de cientista. Preocupado em ser o mais didtico possvel, tenta, pacientemente, com certa graa e at ironia, sempre que cabvel, traduzir para os leigos estudos complexos sobre o crebro. Portugus, Damsio um dos principais expoentes da neurocincia atual. Diferentemente de outros neurocientistas, que acham que apenas a cincia tem respostas compreenso da mente, Damsio considera que muitas ideias no provm necessariamente da. Para ele, um substrato imprescindvel para entender a mente, a conscincia, os sentimentos e as emoes advm da vida intuitiva, artstica e intelectual. Fora dos meios cientficos, o nome de Damsio comeou a ser celebrado na dcada de 1990, quando lanou seu primeiro livro, uma obra que fala de emoo, razo e do crebro humano. TREFAUT, M. P Disponvel em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado). Na organizao do texto, a sequncia que atende funo sociocomunicativa de apresentar objetivamente o cientista Antnio Damsio a
(ENEM PPL - 2017) Pra onde vai essa estrada? S Augusto, pra onde vai essa estrada? O senhor Augusto: Eu moro aqui h 30 anos, ela nunca foi pra parte nenhuma, no. S Augusto, eu estou dizendo se a gente for andando aonde a gente vai? O senhor Augusto: Vai sair at nas Oropas, se o mar der vau. Vocabulrio Vau: Lugar do rio ou outra poro de gua onde esta pouco funda e, por isso, pode ser transposta a p ou a cavalo. MAGALHES, L. L. A.; MACHADO, R. H. A. (Org.).Perdizes, suas histrias, sua gente, seu folclore.Perdizes: Prefeitura Municipal, 2005. As anedotas so narrativas, reais ou inventadas, estruturadas com a finalidade de provocar o riso. O recurso expressivo que configura esse texto como uma anedota o(a)
(ENEM PPL - 2017) Essa escultura foi produzida durante o perodo da ditadura stalinista, na ex-Unio Sovitica, e representa o(a)
(ENEM PPL - 2017) Este ms, a reportagem de capa veio do meu umbigo. Ou melhor, veio de um mal-estar que comecei a sentir na barriga. Sou meio italiano,pizzaiolodos bons, herdei de minha av uma daquelas velhas mquinas de macarro a manivela. Cresci base de farinha de trigo. A, do nada, comecei a ter alergias respiratrias que tambm pareciam estar ligadas minha dieta. Comecei a peregrinar por mdicos. Os exames diziam que no tinha nada errado comigo. Mas eu sentia, p. Encontrei a resposta numa nutricionista: eu tinha intolerncia a glten e a lactose.Arrivederci, pizza. Tchau, cervejinha. Notei tambm que as prateleiras dos mercados de repente ficaram cheias de produtos que pareciam ser feitos para mim: leite, queijo e iogurte sem lactose, bolo, biscoito e macarro sem glten. E o mais incrvel que esse setor do mercado parece ser o que est mais cheio de gente. E no s no Brasil. Parece ser em todo Ocidente industrializado. Inclusive na Itlia. O tal glten est na boca do povo, mas no est fcil entender a real. De um lado, a imprensa popular faz um escarcu, sem no entanto explicar o tema a fundo. De outro, muitos mdicos ficam na defensiva, insinuando que isso tudo no passa de modismo, sem fundamento cientfico. Mas eu sei muito bem que no s modismo eu sinto na barriga. O tema um vespeiro e por isso julgamos que era hora de meter a colher, para separar o joio do trigo e dar respostas confiveis s dvidas que todo mundo tem. BURGIERMAN, D. R. Tem algo grande a.Superinteressante, n. 335, jul. 2014 (adaptado) O gnero editorial de revista contm estratgias argumentativas para convencer o pblico sobre a relevncia da matria de capa. No texto, considerando a maneira como o autor se dirige aos leitores, constitui uma caracterstica da argumentao desenvolvida o(a)
(ENEM PPL - 2017) Como se apresentam os atos de ler e escrever no contexto dos canais de chat da internet? O prprio nome que designa estes espaos no meio virtual elucida que os leitores-escritores ali esto empenhados em efetivar uma conversao. Porm, no se trata de uma conversao nos moldes tradicionais, mas de um projeto discursivo que se realiza s e atravs das ferramentas do computador via canal eletrnico mediado por um software especfico. A dimenso temporal deste tipo de interlocuo caracteriza-se pela sincronicidade em tempo real, aproximando-se de uma conversa telefnica, porm, devido s especificidades do meio que pe os interlocutores em contato, estes devem escrever suas mensagens. Apesar da sensao de estarem falando, os enunciados que produzem so construdos num texto falado por escrito, numa conversao com expresso grfica. A interao que se d tela a tela, para que seja bem sucedida, exige, alm das habilidades tcnicas anteriormente descritas, muito mais do que a simples habilidade lingustica de seus interlocutores. No interior de uma enorme coordenao de aes, o fenmenochattambm envolve conhecimentos paralingusticos e socioculturais que devem ser partilhados por seus usurios. Isso significa dizer que esta atividade comunicacional, assim como as demais, tambm apresenta uma vinculao situacional, ou seja, no pode a lngua, nesta esfera especfica da comunicao humana, ser separada do contexto em que se efetiva. BERNARDES, A. S.; VIEIRA, P M. T. Disponvel em: www.anped.org.br. Acesso em: 14 ago. 2012. No texto, descreve-se o chat como um tipo de conversao tela a tela por meio do computador e enfatiza-se a necessidade de domnio de diversas habilidades. Uma caracterstica desse tipo de interao a
(ENEM PPL - 2017) TEXTO I Frevo:Dana de rua e de salo, a grande alucinao do Carnaval pernambucano. Trata-se de uma marcha de ritmo frentico, que a sua caracterstica principal. E a multido ondulando, nos meneios da dana, fica a ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronuncia frevura, frever) que se criou o nome frevo. CASCUDO, L. C.Dicionrio do folclore brasileiro.So Paulo: Global, 2001 (adaptado). TEXTO II Frevo Patrimnio Imaterial da Humanidade O frevo, ritmo genuinamente pernambucano, agora do mundo. A msica que hipnotiza milhes de folies e d o tom do Carnaval no estado foi oficialmente reconhecida como Patrimnio Imaterial da Humanidade. O anncio foi feito em Paris, nesta quarta-feira, durante cerimnia da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura (Unesco). Disponvel em: www.diariodepernambuco.com.br. Acesso em: 14 jun. 2015. Apesar de abordarem o mesmo tema, os textos I e II diferenciam-se por pertencerem a gneros que cumprem, respectivamente, a funo social de
(ENEM PPL - 2017) A madrasta retalhava um tomate em fatias, assim finas, capaz de envenenar a todos. Era possvel entrever o arroz branco do outro lado do tomate, tamanha a sua transparncia. Com a saudade evaporando pelos olhos, eu insistia em justificar a economia que administrava seus gestos. Afiando a faca no cimento frio da pia, ela cortava o tomate vermelho, sanguneo, maduro, como se degolasse cada um de ns. Seis. O pai, amparado pela prateleira da cozinha, com o suor desinfetando o ar, tamanho o cheiro do lcool, reparava na fome dos filhos. Enxergava o manejo da faca desafiando o tomate e, por certo, nos pensava devorados pelo vento ou tempestade, segundo decretava a nova mulher. Todos os dias cotidianamente havia tomate para o almoo. Eles germinavam em todas as estaes. Jabuticaba, manga, laranja, floresciam cada uma em seu tempo. Tomate, no. Ele frutificava, continuamente, sem demandar adubo alm do cime. Eu desconhecia se era mais importante o tomate ou o ritual de cort-lo. As fatias delgadas escreviam um dio e s aqueles que se sentem intrusos ao amor podem tragar. QUEIRS, B. C.Vermelho amargo.So Paulo: Cosac Naify, 2011. Ao recuperar a memria da infncia, o narrador destaca a importncia do tomate nos almoos da famlia e a ao da madrasta ao prepar-lo. A insistncia nessa imagem um procedimento esttico que evidencia a
(ENEM PPL - 2017) TEXTO I TEXTO II Ao ser questionado sobre seu processo de criao de ready-mades, Marcel Duchamp afirmou: Isto dependia do objeto; em geral, era preciso tomar cuidado com o seu look. muito difcil escolher um objeto porque depois de quinze dias voc comea a gostar dele ou a detest-lo. preciso chegar a qualquer coisa com uma indiferena tal que voc no tenha nenhuma emoo esttica. A escolha do ready-made sempre baseada na indiferena visual e, ao mesmo tempo, numa ausncia total de bom ou mau gosto. ABANNE, P. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. So Paulo: Perspectiva, 1987 (adaptado). Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-mades, inaugurou um modo de fazer arte que consiste em
(ENEM PPL - 2017) Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que no compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez um ngulo reto no ar, depois outro, alm disso, os seis anos so uma idade de muitas coisas pela primeira vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois, arribou. Os assuntos que no compreendia eram uma espcie de tontura, mas o Ildio era forte. Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueas de tratar da cabra. O Ildio no gostava que a me o mandasse tratar da cabra. Se estava ocupado a contar uma histria a um guarda-chuva, no queria ser interrompido. s vezes, a me escolhia os piores momentos para cham-lo, ele podia estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se e, depois, irritava-se. s vezes, fazia birras no meio da rua. A me envergonhava-se e, mais tarde, em casa, dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um menino to velhaco. O Ildio ficava enxofrado, mas lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila, diziam ah, reguila de m raa. Com essa memria, recuperava o orgulho. Era reguila, no era velhaco. Essa certeza dava-lhe foras para protestar mais, para gritar at, se lhe apetecesse. PEIXOTO, J. L.Livro. So Paulo: Cia. das Letras, 2012. No texto, observa-se o uso caracterstico do portugus de Portugal, marcadamente diferente do uso do portugus do Brasil. O trecho que confirma essa afirmao :
(ENEM PPL - 2017) Fazer 70 anos Fazer 70 anos no simples. A vida exige, para o conseguirmos, perdas e perdas no ntimo do ser, como, em volta do ser, mil outras perdas. [] Jos Carlos, irmo-em-Escorpio! Ns o conseguimos E sorrimos de uma vitria comprada por que preo? Quem jamais o saber? ANDRADE, C. D.Amar se aprende amando.So Paulo: Crculo do Livro, 1992 (fragmento) O pronome oblquo o, nos versos A vida exige, para o conseguirmos e Ns o conseguimos, garante a progresso temtica e o encadeamento textual, recuperando o segmento
(ENEM PPL - 2017) A inteligncia est na rede Pergunta:H tecnologias que melhoram a vida humana, como a inveno do calendrio, e outras que revolucionam a histria humana, como a inveno da roda. A internet, o iPad, o Facebook, o Google so tecnologias que pertencem a que categoria? Resposta: das que revolucionam a histria. O que est acontecendo no mundo de hoje semelhante ao que se passou com a sociedade agrria depois da prensa mvel de Gutenberg. Antes, o conhecimento estava concentrado em oligoplios. A inveno de Gutenberg comeou a democratizar o conhecimento, e as instituies do feudalismo entraram num processo de atrofia. A novidade afetou a Igreja Catlica, as monarquias, os poderes coloniais e, com o passar do tempo, resultou nas revolues na Amrica Latina, nos Estados Unidos, na Frana. Resultou na democracia parlamentar, na reforma protestante, na criao das universidades, do prprio capitalismo. Martinho Lutero chamou a prensa mvel de a mais alta graa de Deus. Agora, mais uma vez, o gnio da tecnologia saiu da garrafa. Com a prensa mvel, ganhamos acesso palavra escrita. Com a internet, cada um de ns pode ser seu prprio editor. A imprensa nos deu acesso ao conhecimento que j havia sido produzido e estava registrado. A internet nos d acesso ao conhecimento contido no crebro de outras pessoas em qualquer parte do mundo. Isso uma revoluo. E, tal como aconteceu no passado, est fazendo com que nossas instituies se tornem obsoletas. TAPSCOTT, D. Entrevista concedida a Augusto Nunes. Veja, 21 abr. 2011 (adaptado). Segundo o pesquisador entrevistado, a internet revolucionou a histria da mesma forma que a prensa mvel de Gutenberg revolucionou o mundo no sculo XV. De acordo com o texto, as duas invenes, de maneira similar, provocaram o(a)